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Vamos de Viagem

Por Roberto Ramos

De como um vinho, que nasceu do acaso, colocou a Itália na linha de frente da produção dos grandíssimos vinhos: fato conhecido, o Sassicaia revolucionou a enologia italiana e a trouxe ao Século XX; menos conhecido, é que ele nasceu do acaso.

Nascimento

Bolgheri e Castagneto Carducci sempre foram terra dos Conde Gherardesca e da uva Sangiovese. Aliás, de um Sangiovese de qualidade discutível, não era a produção vinícola o que animava aquela parte da costa da Toscana e sim, seu poeta maior, Giosuè Carducci (1835-1907), Prêmio Nobel de Literatura.

 

O Marquês Mario Incisa dela Rochetta não era toscano, e sim, piemontês de velha linhagem, iniciada em 1203. Estudou Agronomia em Pisa, entretanto, e lá, através do amigo Giorgio dela Gherardesca, conheceu e se casou com sua prima, Clarice, que herdou, em 1942, metade da Fattoria dele Capanne, dividindo-a com a irmã Carlotta, por sua vez, casada com Niccolò Antinori.

Nessas terras, resolve fazer um vinho, mas que tivesse a nobreza dos vinhos do Piemonte, não a rusticidade da Sangiovese, que ali na costa não se exprime da melhor forma. E queria fazê-lo com a uva Cabernet Sauvignon, o primeiro vinho que tinha bebido, ainda criança, em sua casa paterna, próximo a Asti, no Piemonte. Ora, o Marques Salviati, ali perto, tinha já plantado o Cab Sauv, com mudas provenientes….do Piemonte e foi de lá que Mario Incisa trouxe suas mudas.

Plantou-as, em 1950, inicialmente, não em sua parte da Capanne (que tinha tantos seixos, que era chamada de “sassicaia” – de “sassi”, seixos), e sim em uma área atrás de Bolgheri, com uma exposição ao sol Norte-Leste, como a dos melhores vinhedos da Borgonha e de Bordeaux, num terreno que, em tudo, se assemelhava ao da região de Graves, ao sul de Medòc.

Sempre insistiu para que o número de cachos por planta fosse mínimo, mas o processo de vinificação ainda era bastante primário, embora ele tenha introduzido uma grande novidade na Toscana: a utilização das barricas francesas de carvalho, de 225 litros de volume.

Com todo esse cuidado, entretanto, o resultado foi pífio: a prova das primeiras garrafas produzidas, ainda enchidas a mão, gerou de todos que participaram naquela aventura o mesmo comentário: o vinho era imbebível!

Desanimado, o Marques abandona o vinho nas barricas, esquece-se dele e de seus sonhos de ser produtor e se concentra em algo que estava lhe dando notoriedade e satisfação: ser proprietário de cavalos de corrida, com sucessos repetidos nos maiores prêmios da Europa.

Passa-se o tempo, e o Marques volta a provar o vinho das barricas. E se surpreende: totalmente diferente, outro bouquet, outro sabor. O carvalho francês tinha domesticado a acidez e os taninos de um Cabernet Sauvignon, produzido a 400m de altura e próximo ao mar , transformando-o num grande vinho.

Nascia assim, por obra do acaso (e, quem sabe, de Bacco..), o que viria a ser o Sassicaia, o melhor, mais reconhecido e mais premiado vinho da história enológica da Itália.

                                                                    Juventude

O Marques Mario Incisa dele Rocchetta tinha sido bafejado pela fortuna e criado as bases para fazer, na Costa da Toscana, um grande vinho, a base de Cabernet Sauvignon.

Convencido que tinha em mãos o que viria ser um grande vinho e reassegurado pela opinião de amigos e experts locais, o Marques reestrutura a área de vinificação (a chamada cantina), encomenda barricas novas e, pela primeira vez, planta mudas na parte chamada de Sassicaia, em oito hectares, próximos a Via Aurélia, em solo muito semelhante àquele usado originalmente. A primeira safra é produzida em 1964 e engarrafada em 1967 e escolhe-se o nome, que não poderia ser outro, que não Sassicaia, mas que, além de muito depois vir a merecer uma Denominazione di Origine Controlata, cria vários nomes de vinhos, que, apesar de excelentes em si mesmo, “pegam carona” no sufixo: Ornelaia, Lupicaia, Tassinaia, etc.

A safra “mítica” de 1968 (exatas, 3.000 garrafas) exibe, pela primeira vez, no rótulo, a estrela que vai se tornar famosa no mundo, justa homenagem a excelência daquele ano. Ganha uma série de concursos, inclusive contra os melhores Bordeaux. E, logo em seguida, passa a receber um percentual de Cabernet Franc, a mãe das uvas, tornando-se um “blend”.

Produzir, entretanto, ano após ano, um vinho com aquele potencial, exigia uma segurança maior na cantina, uma maior capacidade de produção e de distribuição, coisa que o Marques ainda não tinha. Salvou-o a idéia do filho Niccolò: Por que não transferir a produção aos Antinori, afinal de contas, concunhado (e primo)? Alem de dispor de produção e distribuição própria, os Antinori tinham o mais famoso enólogo da Itália, Giacomo Tachis, que, além do mais, era piemontês!!

(Pequeno parêntesis, a ser explorado depois: a rivalidade entre piemonteses e toscanos, em relação a beleza de seus territórios, excelência de seus vinhos e de sua gastronomia, tem que lavar em conta que o nascimento dos grandes tintos da Costa dos Etruscos deve-se a …piemonteses!)

Nasce a relação Incisa/Tachis, que levaria o Sassicaia as alturas, não, entretanto, sem que ficassem evidentes as diferenças de opinião de ambos em relação ao processo de vinificação. O vinho continua sendo feito em Bolgheri, mas passa a ser engarrafado nas instalações da Antinori, em San Casciano in Val di Pesa, a leste de Firenze, zona de Chianti. Ademais, o célebre enólogo francês Emile Peynaud , amigo de Tachis, passa também a colaborar em sua vinificação. Em 1978, a gloria: o Sassicaia bate 33 dos melhores Cabernets de Bordeaux, numa degustação organizada pela Revista Decanter.

Em Setembro de 1983, Mario incisa ascende aos vinhedos do céu, e deixa seu legado nas mãos de Niccolò, que mantém o pai adotivo Tachis, mas passa a distribui-lo diretamente, não mais através dos canais dos Antinori. O vinho ganha notoriedade mundial e passa a desafiar os  melhores vinhos de Bordeaux, seguidamente, batendo-os em degustações às cegas pelo mundo. Torna-se um mito, nos Estados Unidos e Canadá, onde passa a ser conhecido pelo ‘nickname” de ‘Sass”.

                                                                        Maturidade

Transformado no vinho que passa a personificar a nova enologia italiana, que abandona o processo artesanal de produção e a supremacia absoluta as dornas de madeira, em favor da crescente utilização dos tanques de aço inoxidável, com temperatura controlada, e das ubíquas (e “abusadas”) barricas francesas, o Sassicaia torna-se, também, um aglutinador de Bolgheri, em torno do qual passa a ser organizar uma nova indústria vinícola. Em Dezembro de 1995, nasce o Consorzio del DOC Bolgheri, sob o patrocínio de Niccolò e de Tachis, no Castello dos Gherardesca, sua sede. Dele, fazem parte a fina flor do que viria a ser conhecidos como os Super-Toscanos: A Tenuta San Guido, denominação agora oficial da área de produção do Sassicaia, a Tenuta dell’Ornelaia, a Tenuta Belvedere, a Azienda Agricola Grattamacco, a Azienda Agrícola Michele Satta, a Azienda Agricola Le Macchiole, entre outros. O mencionar de cada um desses nomes, ao enófilo apaixonado, traz a memória sensações indescritíveis.

Sassicaia passa a ser uma referência. Parcelas de Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, plantadas em vinhas diversas, ao nível do mar e nas colinas de Bolgheri, maturação em barricas de carvalho francês, a entrada da Tenuta San Guido, com suas áleas de ciprestes.

Quem conhece um pouco de vinho já viu essas imagens, já se encantou com sua história e sua qualidade. De resto, reconhecida, por público e crítica; o mais afamado guia de vinhos da Itália, o famoso Gambero Rosso tem-lhe distribuído o seu mais famoso galardão, os famosos “Tre Bicchiere” (ou três cálices), em sequência sem interrupção: 00, 01,02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13.

Sobre 2013, safra que honra os trinta anos da morte do Marques Incisa, o Guia até se descontrola: o vinho é caracterizado como “pazzesco”, ou seja, uma loucura! Trata-se, de uma das melhores safras de todos os tempos! As outras notas são igualmente impressionantes: James Suckling, 98, Wine Enthusiast, idem, Parker, 97, Wine Spectator, 95, Galloni lhe dá 92-95 pontos.

Saúde, a quem tiver a sorte de comprar uma das suas garrafas!

(Fontes: dentre outras, Il Sassicaia e i suoi Compagni, Aldo Santini, Pacini Fazzi Editore )

Roberto Ramos é Engenheiro mecânico pela UFRJ, com curso de pós- graduação na Harvard Business School. Tem 40 aos de experiência, trabalhando nas indústrias de engenharia & construção e óleo & gás, como executivo financeiro e principal executivo, no Brasil, Europa e A. Latina. Foi Presidente da Amcham-Rio e é fluente em inglês, italiano e espanhol.

Foi Diretor Financeiro de uma empresa aberta italiana, morando, por três anos, em Bologna, quando se aprofundou seu conhecimento de vinhos e se apaixonou pela Itália, sua culinária e enologia. Desde 2000 frequenta a Vinitaly, a feira de vinhos italianos em Verona, onde fez inúmeros amigos entre os produtores de diversas regiões. Além da visita anual a Vinitaly, viaja também, todos os anos, ao Piemonte, no período das trufas brancas (Out./Nov.), onde participa de degustações (em “ante-prima”) dos vinhos que serão lançados a partir de Abril do ano seguinte. Esteve, igualmente, várias vezes em Bordeaux e na Borgonhae

Morou em Londres por dez anos, lugar que reputa “o melhor lugar para se comprar vinhos”.

Sua predileção é por vinhos mono-varietais, em especial, os pinot noir e os chardonnays, da Borgonha e os mesmos chardonnays e nebbiolos do Piemonte.

 

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A Saga do SASSICAIA

                                                                 Por Roberto Ramos

De como um vinho, que nasceu do acaso, colocou a Itália na linha de frente da produção dos grandíssimos vinhos: fato conhecido, o Sassicaia revolucionou a enologia italiana e a trouxe ao Século XX; menos conhecido, é que ele nasceu do acaso.

Nascimento

Bolgheri e Castagneto Carducci sempre foram terra dos Conde Gherardesca e da uva Sangiovese. Aliás, de um Sangiovese de qualidade discutível, não era a produção vinícola o que animava aquela parte da costa da Toscana e sim, seu poeta maior, Giosuè Carducci (1835-1907), Prêmio Nobel de Literatura.

 

O Marquês Mario Incisa dela Rochetta não era toscano, e sim, piemontês de velha linhagem, iniciada em 1203. Estudou Agronomia em Pisa, entretanto, e lá, através do amigo Giorgio dela Gherardesca, conheceu e se casou com sua prima, Clarice, que herdou, em 1942, metade da Fattoria dele Capanne, dividindo-a com a irmã Carlotta, por sua vez, casada com Niccolò Antinori.

Nessas terras, resolve fazer um vinho, mas que tivesse a nobreza dos vinhos do Piemonte, não a rusticidade da Sangiovese, que ali na costa não se exprime da melhor forma. E queria fazê-lo com a uva Cabernet Sauvignon, o primeiro vinho que tinha bebido, ainda criança, em sua casa paterna, próximo a Asti, no Piemonte. Ora, o Marques Salviati, ali perto, tinha já plantado o Cab Sauv, com mudas provenientes….do Piemonte e foi de lá que Mario Incisa trouxe suas mudas.

Plantou-as, em 1950, inicialmente, não em sua parte da Capanne (que tinha tantos seixos, que era chamada de “sassicaia” – de “sassi”, seixos), e sim em uma área atrás de Bolgheri, com uma exposição ao sol Norte-Leste, como a dos melhores vinhedos da Borgonha e de Bordeaux, num terreno que, em tudo, se assemelhava ao da região de Graves, ao sul de Medòc.

Sempre insistiu para que o número de cachos por planta fosse mínimo, mas o processo de vinificação ainda era bastante primário, embora ele tenha introduzido uma grande novidade na Toscana: a utilização das barricas francesas de carvalho, de 225 litros de volume.

Com todo esse cuidado, entretanto, o resultado foi pífio: a prova das primeiras garrafas produzidas, ainda enchidas a mão, gerou de todos que participaram naquela aventura o mesmo comentário: o vinho era imbebível!

Desanimado, o Marques abandona o vinho nas barricas, esquece-se dele e de seus sonhos de ser produtor e se concentra em algo que estava lhe dando notoriedade e satisfação: ser proprietário de cavalos de corrida, com sucessos repetidos nos maiores prêmios da Europa.

Passa-se o tempo, e o Marques volta a provar o vinho das barricas. E se surpreende: totalmente diferente, outro bouquet, outro sabor. O carvalho francês tinha domesticado a acidez e os taninos de um Cabernet Sauvignon, produzido a 400m de altura e próximo ao mar , transformando-o num grande vinho.

Nascia assim, por obra do acaso (e, quem sabe, de Bacco..), o que viria a ser o Sassicaia, o melhor, mais reconhecido e mais premiado vinho da história enológica da Itália.

                                                                    Juventude

O Marques Mario Incisa dele Rocchetta tinha sido bafejado pela fortuna e criado as bases para fazer, na Costa da Toscana, um grande vinho, a base de Cabernet Sauvignon.

Convencido que tinha em mãos o que viria ser um grande vinho e reassegurado pela opinião de amigos e experts locais, o Marques reestrutura a área de vinificação (a chamada cantina), encomenda barricas novas e, pela primeira vez, planta mudas na parte chamada de Sassicaia, em oito hectares, próximos a Via Aurélia, em solo muito semelhante àquele usado originalmente. A primeira safra é produzida em 1964 e engarrafada em 1967 e escolhe-se o nome, que não poderia ser outro, que não Sassicaia, mas que, além de muito depois vir a merecer uma Denominazione di Origine Controlata, cria vários nomes de vinhos, que, apesar de excelentes em si mesmo, “pegam carona” no sufixo: Ornelaia, Lupicaia, Tassinaia, etc.

A safra “mítica” de 1968 (exatas, 3.000 garrafas) exibe, pela primeira vez, no rótulo, a estrela que vai se tornar famosa no mundo, justa homenagem a excelência daquele ano. Ganha uma série de concursos, inclusive contra os melhores Bordeaux. E, logo em seguida, passa a receber um percentual de Cabernet Franc, a mãe das uvas, tornando-se um “blend”.

Produzir, entretanto, ano após ano, um vinho com aquele potencial, exigia uma segurança maior na cantina, uma maior capacidade de produção e de distribuição, coisa que o Marques ainda não tinha. Salvou-o a idéia do filho Niccolò: Por que não transferir a produção aos Antinori, afinal de contas, concunhado (e primo)? Alem de dispor de produção e distribuição própria, os Antinori tinham o mais famoso enólogo da Itália, Giacomo Tachis, que, além do mais, era piemontês!!

(Pequeno parêntesis, a ser explorado depois: a rivalidade entre piemonteses e toscanos, em relação a beleza de seus territórios, excelência de seus vinhos e de sua gastronomia, tem que lavar em conta que o nascimento dos grandes tintos da Costa dos Etruscos deve-se a …piemonteses!)

Nasce a relação Incisa/Tachis, que levaria o Sassicaia as alturas, não, entretanto, sem que ficassem evidentes as diferenças de opinião de ambos em relação ao processo de vinificação. O vinho continua sendo feito em Bolgheri, mas passa a ser engarrafado nas instalações da Antinori, em San Casciano in Val di Pesa, a leste de Firenze, zona de Chianti. Ademais, o célebre enólogo francês Emile Peynaud , amigo de Tachis, passa também a colaborar em sua vinificação. Em 1978, a gloria: o Sassicaia bate 33 dos melhores Cabernets de Bordeaux, numa degustação organizada pela Revista Decanter.

Em Setembro de 1983, Mario incisa ascende aos vinhedos do céu, e deixa seu legado nas mãos de Niccolò, que mantém o pai adotivo Tachis, mas passa a distribui-lo diretamente, não mais através dos canais dos Antinori. O vinho ganha notoriedade mundial e passa a desafiar os  melhores vinhos de Bordeaux, seguidamente, batendo-os em degustações às cegas pelo mundo. Torna-se um mito, nos Estados Unidos e Canadá, onde passa a ser conhecido pelo ‘nickname” de ‘Sass”.

                                                                        Maturidade

Transformado no vinho que passa a personificar a nova enologia italiana, que abandona o processo artesanal de produção e a supremacia absoluta as dornas de madeira, em favor da crescente utilização dos tanques de aço inoxidável, com temperatura controlada, e das ubíquas (e “abusadas”) barricas francesas, o Sassicaia torna-se, também, um aglutinador de Bolgheri, em torno do qual passa a ser organizar uma nova indústria vinícola. Em Dezembro de 1995, nasce o Consorzio del DOC Bolgheri, sob o patrocínio de Niccolò e de Tachis, no Castello dos Gherardesca, sua sede. Dele, fazem parte a fina flor do que viria a ser conhecidos como os Super-Toscanos: A Tenuta San Guido, denominação agora oficial da área de produção do Sassicaia, a Tenuta dell’Ornelaia, a Tenuta Belvedere, a Azienda Agricola Grattamacco, a Azienda Agrícola Michele Satta, a Azienda Agricola Le Macchiole, entre outros. O mencionar de cada um desses nomes, ao enófilo apaixonado, traz a memória sensações indescritíveis.

Sassicaia passa a ser uma referência. Parcelas de Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, plantadas em vinhas diversas, ao nível do mar e nas colinas de Bolgheri, maturação em barricas de carvalho francês, a entrada da Tenuta San Guido, com suas áleas de ciprestes.

Quem conhece um pouco de vinho já viu essas imagens, já se encantou com sua história e sua qualidade. De resto, reconhecida, por público e crítica; o mais afamado guia de vinhos da Itália, o famoso Gambero Rosso tem-lhe distribuído o seu mais famoso galardão, os famosos “Tre Bicchiere” (ou três cálices), em sequência sem interrupção: 00, 01,02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13.

Sobre 2013, safra que honra os trinta anos da morte do Marques Incisa, o Guia até se descontrola: o vinho é caracterizado como “pazzesco”, ou seja, uma loucura! Trata-se, de uma das melhores safras de todos os tempos! As outras notas são igualmente impressionantes: James Suckling, 98, Wine Enthusiast, idem, Parker, 97, Wine Spectator, 95, Galloni lhe dá 92-95 pontos.

Saúde, a quem tiver a sorte de comprar uma das suas garrafas!

(Fontes: dentre outras, Il Sassicaia e i suoi Compagni, Aldo Santini, Pacini Fazzi Editore )

Roberto Ramos é Engenheiro mecânico pela UFRJ, com curso de pós- graduação na Harvard Business School. Tem 40 aos de experiência, trabalhando nas indústrias de engenharia & construção e óleo & gás, como executivo financeiro e principal executivo, no Brasil, Europa e A. Latina. Foi Presidente da Amcham-Rio e é fluente em inglês, italiano e espanhol.

Foi Diretor Financeiro de uma empresa aberta italiana, morando, por três anos, em Bologna, quando se aprofundou seu conhecimento de vinhos e se apaixonou pela Itália, sua culinária e enologia. Desde 2000 frequenta a Vinitaly, a feira de vinhos italianos em Verona, onde fez inúmeros amigos entre os produtores de diversas regiões. Além da visita anual a Vinitaly, viaja também, todos os anos, ao Piemonte, no período das trufas brancas (Out./Nov.), onde participa de degustações (em “ante-prima”) dos vinhos que serão lançados a partir de Abril do ano seguinte. Esteve, igualmente, várias vezes em Bordeaux e na Borgonhae

Morou em Londres por dez anos, lugar que reputa “o melhor lugar para se comprar vinhos”.

Sua predileção é por vinhos mono-varietais, em especial, os pinot noir e os chardonnays, da Borgonha e os mesmos chardonnays e nebbiolos do Piemonte.